Essa
imagem que eu compartilho foi postada no site www.avantebrasil.com.br
ilustrando uma ilação de uma lição de Goethe, escrita em 1820 e usada
brilhantemente pelo jurista Luiz Flávio Gomes, mas caiu como luva para a
situação vivida pelo Brasil e em especial por São Paulo nesses últimos 60 dias.
A
imagem apesar dos traços próprios dos desenhos infantis ainda assim consegue
nos impactar, nos remeter imediatamente para a grande necessidade de um Pacto Social Nacional, urgentíssimo
entre o Poder Publico e a Sociedade Civil, como a única forma de resolvermos o
problema da violência e mortes, que tem nos deixado bem aquém da Segurança
Pública experimentada pelos países democráticos e desenvolvidos.
Imagem
Fortíssima! Que sugere solidariedade, mobilização nacional, e a imprescindível
blindagem do país pelo Poder Público, representados pela Polícia federal,
Polícia Militar e Civil apoiada pela
Sociedade Civil em parceria com mídia,
poderes econômico e político, todos posicionados tal qual muralhas para
evitarmos essa matança generalizada que temos assistido impotentes, onde
pessoas inocentes têm sido executadas sem nenhuma chance de defesa.
No
Brasil estamos vivendo situação semelhante à de uma guerra civil não declarada,
como se isso fosse algo normal. E nos últimos dois meses a cidade de São Paulo,
considerada “Carro Chefe da Nação” tem sido o palco do maior confronto dessa
guerra. Eu diria que vivemos momentos que exigem muita cautela porque São Paulo
confrontado é o mesmo que desafiar a soberania do Brasil. Fato inaceitável.
Pactos, alianças, parcerias,
solidariedade são estilos inerentes à democracia, a civilidade, ao respeito ao
direito à vida e aos direitos fundamentais das pessoas.
Há
momentos na vida de um país em que os governos em todos os níveis precisam se
alinhar para enfrentar uma situação e esse fato não significa em nenhuma
hipótese demonstração de fraqueza ou perda da soberania, muito pelo contrário é
uma demonstração de unidade de um país onde todos somarão e cada um dará sua
contribuição para solução de um problema que é de ordem nacional como é o caso
da violência generalizada e dos números inaceitáveis de mortes.
Responsabilidade
compartilhada somente trará ganhos para o país. Todavia precedendo um pacto há
de haver a vontade política. É a vontade política que vai determinar o êxito ou
o fracasso do pacto combinado.
O
comprometimento definitivo é de fato uma ação poderosíssima que interfere
diretamente e é capaz de decidir nosso destino (já disse Goethe, em 1820).
A
vontade política é que vai demonstrar a veracidade e o grau do comprometimento
para resolução de um determinado problema ou de uma situação.
A
vontade política externada de forma transparente a respeito de um problema a
ser resolvido funciona como um imã que irá atrair a todos e todos os meios e
mecanismos necessários para sua resolução.
Em
todos os níveis de governo é preciso viabilizar para que as expectativas de
segurança social, que as pessoas tanto necessitam e almejam sejam asseguradas.
Governantes
e Partidos Políticos não precisam apenas mudar o discurso, precisam mesmo é
mudar suas práticas demagógicas e garantir o básico, principalmente às pessoas
de baixa renda, através de políticas públicas nas áreas de segurança pública,
educação, saúde, esporte e lazer, moradia, transportes
públicos e melhores perspectivas de trabalho, mormente para jovens.
Os
governantes precisam evitar o diálogo inoperante, buscar o entendimento e não
medir esforços para evitar mais cadáveres. E não se esquecer de que priorizar o
direito à vida dos seus concidadãos é dever de todos que optam pela vida
pública.
*
Conceição Cinti. Advogada e educadora. Especialista em Tratamento de
Dependentes em Substâncias Psicoativas. Colunista de vários sites renomados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário