sábado, 31 de março de 2012

BRASIL TEM KNOW-HOW PARA DAR A RESPOSTA QUE O PAÍS NECESSITA À QUESTÃO DAS DROGAS!


Brasil tem Know-How para dar a resposta que o País necessita à questão das Drogas! 


Fonte da foto: Internet


*Conceição Cinti

Felizmente a vontade política e o bom senso nos têm permitido avançar na luta contra as drogas. Já começamos a sentir a solidariedade que tem Ecoado nos quatros cantos do país. A mídia tem cooperado e essa cobertura nos é imprescindível, para ajudar a desmistificar a pessoa do dependente em SPA, principalmente, porque através da informação conseguiremos cada dia mais atenuar o preconceito e reforçar os laços entre o Poder Público e a Sociedade Civil numa parceria compartilhada pro restauração de vidas.
É verdade que os Governos passados banalizaram essa questão quando ela começou a trucidar as classes menos favorecidas economicamente, razão pela qual a endemia atingir todas as classes sociais. Não sei se minha ideia é equivocada, mas em minha opinião no Brasil a tragédia precisa atingir a classe A da população, para que alguma providência seja tomada e dela aproveitem os pobres.
O assunto dependência e dependente de substâncias psicoativas de fato eram pouco familiares e surpreendeu o país que teve de despertar e mostrar mais empenho numa saída honrosa para tão constrangedora situação de saúde pública.
De fato o assunto em tela desafia até mesmo países desenvolvidos, mas o Brasil encontrou na solução pioneira desenvolvida pelo terceiro Setor a solução caseira e adequada para enfrentar o problema da endemia pelas drogas. O trabalho árduo e pioneiro que iniciou de forma artesanal, caseiro pelas comunidades terapêuticas e foi evoluindo num crescendo e, se apropriando de metodologias e terapêuticas que somente quem conhece os labirintos dessa área sabe que pode dizer que o Brasil hoje tem Know-How para tratar com êxitos dependentes em SPA.
No varejo a movimentação tem se intensificado em todos os setores da sociedade civil e do Poder Público e hoje temos técnicas próprias e outras que humildemente nos apropriamos das experiências usadas com boa margem de êxito por outros países para conter a mesma guerra.
A bem sucedida experiência utilizada em Miami, pelo Tribunal de Drogas, onde através de exigências simples, segundo declarações da juíza Derorah White, de cada dez dependentes oito foram resgatados com êxito após um ano de tratamento, tem sido utilizada pelo Brasil.
As exigências utilizadas pelo referido Tribunal são: um ano de tratamento que consiste em fazer semanalmente exame de urina; ir duas vezes por semana ao psicólogo; frequentar as reuniões dos Narcóticos Anônimos também duas vezes por semana. E no final de cada mês se apresentar a juíza Debora White para comprovar através dos resultados dos exames e das declarações que está cumprindo as exigências. Também deverá informar se houve alteração no local de residência e comprovar a frequência ao trabalho.
Se concluir o prazo determinado sem recaída será declarado restaurado e o mais importante terá seu passado maculado pelas drogas apagado. O adicto que concordar em participar do Programa será monitorado. Lógico que esse programa se destina àqueles (as) que são primários, mas é de muita relevância. Principalmente, porque é uma modalidade de tratamento que não exige internação. Ainda segundo a juíza Deborah White desde que esse tribunal foi criado em 1989, o índice de crimes caiu para 33%.
A arte de uma forma geral e a prática de esportes, os cursos profissionalizantes e o trabalho também têm dado retorno positivo quando incorporados aos Programas de Restauração.
O fato da ciência por si só ainda não ter uma resposta para a cura definitiva do adicto, não deve e não tem sido empecilho para conciliarmos métodos que apresentam êxitos, como é o caso do método misto: que reúne a ciência e Deus, muito usado pelas comunidades terapêuticas, que sem desprezar o valor da ciência, se harmoniza para alcançar o anseio, na busca da cura para o dependente em SPA.
Não somos ingênuos de achar que o problema está resolvido. Mas podemos afirmar sem medo de errar, que apesar da gravidade e da complexidade do problema, estamos avançando por caminhos adequados na busca pela restauração de vidas e pelo maior controle às drogas no país.



*Conceição Cinti. Advogada. Educadora. Especialista em Tratamento de Dependentes em Substâncias Psicoativas, com experiência de mais de 27 anos.

quinta-feira, 29 de março de 2012

NADA ACONTECE SEM A VONTADE POLÍTICA


Nada acontece sem a vontade política



Fonte da foto: Internet

*Conceição Cinti

O Brasil sempre surpreende. O povo brasileiro tem habilidades como poucos. Meses atrás estávamos de fato reféns da endemia pelas drogas que ao longo dos anos foi se espalhando.

Não que já estejamos livres dessa maldição, que requer tempo e muito empenho ininterrupto. É amplíssimo o leque de medidas e metodologias, que requerem o perfeito entendimento entre diversas áreas dos saberes e suas respectivas autoridades, para que possamos alcançar uma resposta adequada para mais esse grave problema de saúde pública.

Sempre há a turma dos pessimistas, que nunca vêem saída positiva para nada e chegamos até a ouvir ruídos a favor da liberação das drogas consideradas mais leves, como por exemplo, a maconha, como a única forma de conter o narcotráfico e também porque alguns setores públicos e privados desconectados da realidade não acreditam na restauração de pessoas.

Inédito a humildade do Ministro Cardozo por isso louvável.  Quando uma autoridade dessa envergadura reconhece falha no seu ministério, não apenas aponta soluções, mas se dispõe a colocar em prática medidas para evitar que mais vidas humanas tenham seus destinos alterados ou fiquem à margem da sociedade, ai podemos dizer que a virada já começou.

O Governo Federal, Estaduais e Municipais também, cada um à sua maneira têm-se empenhado nessa luta pelo melhor acolhimento e tratamentos aos adictos, tarefa nada fácil, mas perfeitamente possível.

A decisão política é a mola propulsora que desencadeará todos os demais recursos para enfrentarmos essa luta com vitória. O país ganha fôlego para atingir um crescimento qualitativo na área da saúde, onde há muito a ser feito.

Não podemos nos esquecer de que essa luta é muito árdua e jamais poderemos arrefecer. Aos poucos todos irão entender que há uma maneira apropriada para  trabalharmos nesse “Front” e que evitar o preconceito nas suas mais amplas e insidiosas formas se impõe.

Essa luta acima de tudo requer humildade para aprender e apreender com quem já tem familiaridade e domínio porque já trabalha com êxito na área.

Mas todas essas práticas, terapias e metodologias, como acharmos melhor defini-las contam com um poderoso e infalível ingrediente: amor ao próximo! Um sentimento, ou melhor, um mandamento, para os que são vocacionados para lidar com restauração de pessoas.


Conceição Cinti . Advogada. Especialista em Tratamento de Dependentes de Substâncias Psicoativas, com experiência de mais de 27 anos.

segunda-feira, 26 de março de 2012

HUMILDADE LOUVÁVEL: MINISTRO RECONHECE FALHA DENTRO DO SEU MINISTÉRIO E APONTA SOLUÇÕES PARA A REPARAÇÃO DE POSSÍVEIS DANOS. INÉDITO!


Humildade louvável: Ministro reconhece falha dentro do seu Ministério e aponta soluções para a reparação de possíveis danos. Inédito! 

  
Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo 

Transcrevemos a seguir notícia publicada no site “o globo”[1]:  

BRASÍLIA - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou na manhã desta quarta-feira, que o Poder Judiciário precisa deixar de lado a postura de ser o "dono absoluto da verdade" e entrar em contatos com outros agentes e profissionais de outras áreas para entender como, de fato, se dá a realidade. O ministro referia-se ao entendimento dos juízes sobre usuários de drogas. Para, ele há um preconceito do Judiciário com os jovens que consomem entorpecentes.

- É preciso não confundir as coisas. O preconceito é óbice para que a legislação (Lei Antidroga, que distingue usuário de traficante) seja cumprida. Não pode ser o dono absoluto da verdade. O tráfico exige o tratamento duro, mas o usuário para não pode ser tratado como traficante e precisa ser entendido como um problema de saúde pública - disse José Eduardo Cardozo, na abertura do seminário "Integração de competências no Desempenho da Atividade Judiciária com Usuários e Dependentes de Drogas, que acontece no auditório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no STF.

O vice-presidente do STF, ministro Ayres Britto, também participou e sua posição nesse tema foi na mesma linha do ministro da Justiça.

- O juiz tem dificuldade em fazer a distinção. O universo do traficante ele conhece muito bem, é fácil. Mas o do usuário exige certa psicologia, é mais subjetivo. Por isso, é preciso ouvir os profissionais de outras áreas, é preciso haver essa abertura do Judiciário - disse Ayres Britto.

A corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon, criticou o Judiciário e afirmou que a nova concepção desse Poder envolve interpretação do direito segundo as necessidades da sociedade.

- O magistrado é sempre a dar a última palavra. Mas não pode ser assim. Tem que compartilhar o debate com outros setores, principalmente nessa questão de drogas. O juiz não é mero aplicador da lei. Isso está sendo abolido na magistratura...A droga é uma questão social complexa. O magistrado não pode ser mero interpretador de texto. Precisa ser mais que isso - disse Eliana Calmon.

O seminário apresentou como vai se dar a integração entre setores do governo, mais o CNJ, a USP e outros setores do Judiciário, envolvendo também o Ministério Público sobre como agir em relação aos usuários de drogas. Serão capacitados cerca de 15 mil profissionais para lidar com esse problema.


 
* Conceição Cinti
 
O comentário feito pelo Ministro da Justiça foi oportuno, corajoso e muito correto. Recebemos com muita alegria as suas lúcidas declarações.      
Não é novidade a diferença existente entre usuário e traficante, da qual decorre a necessidade de tratamentos diferentes.
Do ponto de vista da saúde privada e pública, tanto o usuário quanto o dependente de drogas tem problemas de saúde. Tanto que a lei (arts. 26 e 47 da Lei 11.343/2006) garante a ambos os serviços de atenção à sua saúde quando estiverem cumprindo pena privativa de liberdade ou submetidos à medida de segurança.
Outras autoridades (como o Ministro da Saúde, da Educação,  juízes e promotores) devem seguir o entendimento do Ministro Cardozo e aplicá-lo na prática, no dia-a-dia. Como resultado, teremos tratamentos mais adequados e eficazes que certamente resultarão no aumento da taxa de recuperação.
Parábens Ministro Cardozo pela sua necessária e corajosa declaração e que ela encontre Eco na sociedade.
 Conceição Cinti . Advogada. Especialista em Tratamento de Dependentes de Substâncias Psicoativas, com experiência de mais de 27 anos.

domingo, 25 de março de 2012

REFLEXÃO AOS PAIS BILIONÁRIOS E OU DIVORCIADOS QUE SE IMPORTAM POUCO COM SUA PROLE!


Serve de reflexão aos pais bilionários e ou divorciados que se importam pouco com sua prole!
Fonte da foto: Internet
*Conceição Cinti

Todos os meus amigos sabem que não sou bajuladora. Por opção sempre assumi a defesa dos menos favorecidos economicamente. Lamentavelmente, acidentes acontecem todos os dias e não nos parece que no “caso Thor” já haja indícios para acusarmos uma das partes envolvidas. Uma vida que se perde é muito valiosa e mesmo quando há composição financeira entre as partes, na consciência ficará sempre um peso porque todos sabem que não há preço que pague uma vida!

Mas esse grande ruído em torno do "caso Thor" mais parece uma demonstração de que poucos sabem celebrar a benção na vida do próximo!

Acho ótimo que Eike Batista seja um dos homens mais rico do mundo, e não vejo a hora dele se tornar o mais rico do mundo. 

Uma coisa fica claro nesse lamentável episódio: Thor além de "podre de rico" com bem disse o notável Jornalista da Folha de São Paulo, Hélio Schwartsman, é de fato rico de verdade esse menino Thor. Não apenas por ter um pai bilionário, mas principalmente, por ter um pai disposto a quebrar qualquer agenda para estar ao lado do filho e mais, a separação dos seus pais não o priva do aconchego da família.  Thor tem pai e mãe presentes e esse fato faz toda a diferença na vida dos jovens.

E você? Que tipo de pai você tem sido? Apenas um pai provedor de grana, ou também sempre pronto a oferecer seu peito amigo ao seu filho em qualquer que seja as circunstâncias? Os meninos pobres e muitos meninos ricos que tive o privilégio de cuidar, por não ter o peito do pai, se agasalharam no peito do traficante. Pense nisso!

 *Conceição Cinti. Advogada. Educadora. Especialista em Tratamento de Dependentes de Substâncias Psicoativas, com experiência de mais 27 anos 


COMUNIDADE TERAPÊUTICA

COMUNIDADE TERAPÊUTICA


C om a finalidade de trazer ao dependente a restauração
O tratamento exige coragem, humildade e perseverança. 
M as para obter a cura os adictos precisam ter disposição 
ma presença amorosa dos pais renova a sua esperança 
N ão esqueça o valioso incentivo da equipe multidisciplinar 
I mprescindível para o paciente sua fase crítica ultrapassar 
D espertando a sua autoestima ele vai passar a colaborar 
A frustração com maus profissionais só poderá atrapalhar 
D eterminar um prazo curto para restauração não é o ideal
É impossível a mudança de vida com pressa e data fatal 

er ou não um acompanhante depende da comunidade 
E o prazo de internação varia de seis meses a um ano 
R egida por um estatuto todo com uma mesma finalidade
A atuação de profissionais éticos e um tratamento humano 
P aciente alcança segurança para uma restauração eficaz 
E os pais e responsáveis com
 a instituição fazem aliança
U m trabalho sério e decente que ao paciente satisfaz. 
T irar o ente querido do vício insólito é a maior esperança 
I nfelizmente a comunidade despreparada uma falha traz
C abe a nós buscarmos a equipe disciplinar de confiança 
A ssim evitaremos o abuso e teremos restauração e paz

Autor: José Carlos Gueta
(Inspirado no artigo de autoria de Conceição Cinti)

POR QUE AS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS SÃO IMPORTANTES? (PARTE I)

Por que as Comunidades terapêuticas são importantes?


Parte I
A Comunidade Terapêutica Marcos Pinheiro, em Ponta Grossa, 
atende 24 meninos de até 18 anos: grupos terão de registrar as 
atividades feitas pelos adolescentes

*Conceição Cinti


As comunidades terapêuticas são serviços de atenção pessoas com transtornos decorrentes do uso e abuso de  substâncias psicoativas (SPA), em regime de residência ou outro vínculo de um ou mais turnos, segundo modelo psicossocial. Este, por sua vez, corresponde aos serviços de atendimento alternativo ao hospitalar e ao ambulatorial convencional, com foco na área psicológica e social da pessoa, e no atendimento multidisciplinar.

Em minha opinião, as comunidades terapêuticas tem o espaço ideal para o acolhimento e tratamento do dependente em SPA, porque esses espaços são criados de forma simples, mas bem pensada, para que esse tipo de paciente se sinta não apenas acolhido, mas também dentro de uma estrutura que se assemelha ao aconchego do lar e ofereça os mesmos recursos terapêuticos do hospital.

Sem falarmos que as comunidades terapêuticas são as pioneiras no atendimento do adicto, desde meados da década de 60, quando a única alternativa a esses pacientes era dividir o mesmo espaço com os doentes mentais, causando desconforto a ambos e também aos médicos e paramédicos, que não tinham nenhuma perspectiva de tratamento especifico para esse enfermo (estranho), ainda não reconhecido.
      
Hoje, ainda temos atendimentos de dependentes em SPA por hospitais psiquiátricos, mas as condições são um pouco melhores e a cada dia serão melhoradas; diferenciadas, pela maior familiaridade que a área da saúde vem obtendo em contato com esse novo paciente que, em razão da endemia que o país vive e por força da Lei, tornou-se, num piscar de lucidez do legislador, de delinquente a um novo paciente a ser encarado, acolhido e tratado. 
Amanhã falaremos mais sobre as comunidades terapêuticas. Frequente esse “espaço”. 

Dê sua opinião. Participe!

*Conceição Cinti. Advogada. Educadora. Especialista em Tratamento de Dependentes de Substâncias Psicoativas, com experiência de mais 27 anos. 


POR QUE AS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS SÃO IMPORTANTES? (PARTE II)

Por que as Comunidades terapêuticas são importantes?

Parte II
Fonte da foto: Internet 

*Conceição Cinti 

Numa comunidade terapêutica o dependente se submete a um “Programa de Restauração” que exige coragem, humildade, muita perseverança e sofrimento. A maioria dos adictos não tem essa disposição por essa razão é imprescindível à presença amorosa e o incentivo dos pais, e da equipe multidisciplinar nesses primeiros momentos, até que o paciente ultrapasse a fase mais crítica e tenha sua autoestima elevada e passe a cooperar.
A frustração acontecerá sempre que maus profissionais no afã de reunir o maior número de pacientes prometer resultados positivos em curto prazo, mesmo cientes de que não há a possibilidade de restaurar vidas com pressa e data fatal.
Na maioria das comunidades terapêuticas o dependente se submete a Programação em regime de internato, com direito ou não a acompanhante, decisão que varia de comunidade para comunidade. Há um prazo estabelecido que varie de seis meses a um ano, que também depende do Estatuto que rege cada comunidade, mas na prática profissionais éticos, zelosos no acompanhamento do paciente trabalham de uma forma que o paciente alcance com segurança sua restauração em tempo hábil.
Pais responsáveis e que amam seus filhos jamais transferirão suas responsabilidades de cuidar e acompanhar de perto o tratamento de seus queridos à equipe disciplinar mais competente, ao sacerdote ou pastor mais ungido.
Nunca esqueça que o filho (a) é seu, e cabe a você zelar e garantir a ele nesse momento de total fragilidade impossibilitado de gerir sua vida, que nada possa prejudicá-lo ainda mais. Participe do tratamento do seu filho!  Essa é a melhor garantia para evitar qualquer tipo de abuso. Amanhã falaremos da dor inevitável presente no processo de restauração!

*Conceição Cinti . Advogada.Educadora. Especialista em Tratamento de Dependentes de Substâncias Psicoativas, com experiência de mais de 27 anos. 

sábado, 17 de março de 2012

O FORTALECIMENTO DA FAMÍLIA SE IMPÕE AO CAOS!

O fortalecimento da Família se impõe ao Caos! 


Fonte da foto: Internet


*Conceição Cinti
 
A família que outrora fora a coluna mestra da sociedade, hoje combalida não tem condições de se impor e nem proteger a si mesma. 
 
O poder da mídia eletrônica, veiculadora de campanhas publicitárias cujo único objetivo é instigar o consumo através da venda de seus produtos anulou a influência da família na gestão da sua prole. A desestruturação da família vem ocorrendo lenta e gradualmente, por etapa, mas não por acaso.
 
Deliberadamente a mídia ostensiva ou sorrateiramente cria toda uma ambiência de glamour para viabilizar e dar ampla e irrestrita visibilidade aos mais variados, supérfluos e vultosos produtos. Sem se importar com a incapacidade de aquisição das classes menos favorecida economicamente. 
Nessa guerra insana a influência da mídia alcança dimensões imensuráveis, e os publicitários não medem consequência para atingir suas metas comerciais e para isso desprezam princípios éticos, morais, provocando desordem social, principalmente no seguimento infantojuvenil. 
 
Os mais jovens são os alvos preferidos das campanhas publicitárias, que acabam influenciando na formação de novos conceitos, e novas formas de encarar a vida nos mais variados aspectos. Nossos publicitários são inteligentes, sagazes e divertidos e com esses atributos fáceis atingem seus objetivos, exatamente, desestruturar a juventude, liberando-a da influência dos pais, divorciando-a dos ensinamentos da escola e até provocando a evasão escolar e, gerando um interesse desmedido por pseudo ídolos da música, da televisão, estes justamente os agentes da mídia. 
 
Essa desestruturação tem um propósito definido e vil: vender, tão somente vender e para isso usam um apelo irresistível: estimular no jovem a falsa sensação desmedida do poder, que transforma os jovens em consumistas desenfreados de produtos, dos quais não precisam necessariamente, como as bebidas alcoólicas (e, aí, se destaca a cerveja com seu irresistível apelo sexual), o cigarro, as drogas, material eletrônico, roupas e tênis de marca, etc.
 
Além de consumistas, os jovens, ultras influenciados, acabam copiando, também, o comportamento, nem sempre recomendados, dos ídolos usados nas campanhas publicitárias. A massificação sistemática do assédio midiático sobre os jovens é uma causa importante que tem levado ao desajuste familiar, falhas na formação do caráter, visão distorcida de valores, das relações interpessoais, fatores que vão desaguar, mais tarde, invariavelmente, no vasto oceano da infidelidade conjugal, traição e consequente separação e que contribui grandemente para acelerar a estatística criminal. Começando pelo furto, roubo, assalto, delitos praticados pela moçada enlouquecida em adquirir para si os bens de consumo aos quais não terão acesso se não for através da perda da vida e do patrimônio do próximo! Horror! 
 
A família é fragilizada nada lidera e quando tenta reagir, o faz de maneira tímida, isolada, dominada, pelo bombardeio massificante da publicidade. Pais e familiares, ou seja, os mais velhos são denominados “caretas” adjetivo pejorativo também estendido aos professores, líderes eclesiásticos, formadores de opinião, que optam pelos ensinamentos da ética e da moral. 
 
A mesma influência maléfica da mídia muito tem contribuído, no esfacelamento do casamento ou união sólida, célula primeira da família, processo que se dá influência negativa de ídolos e celebridades, que apregoam uma falsa liberdade comportamental como sendo um processo salutar muito difundido inclusive pelas famosas novelas. 
 
Sem um lar forte, organizado, o jovem, sob a guarda de apenas um dos pais, geralmente a mãe, de certa forma abalada pela separação, fica mais suscetível de sofrer influência, seja de amigos, dos formadores de opinião ou de todos esses agentes. O percentual de famílias brasileiras chefiadas por mulheres entre 2001 e 2009 subiu de aproximadamente 27% a 35%. Em termos absolutos, são quase 22 milhões de famílias que identificam como principal responsável alguém do sexo feminino. Em 2012 um número bem maior. A investigação das causas desse fenômeno está no Comunicado do IPEA nº. 65: PNAD 2009 - Primeiras Análises: Investigando a chefia feminina de Família. 

A escola, na condição de formadora de opinião, ao que tudo indica, ainda é a única e última resistência, que tenta se firmar nessa luta desigual em todos os sentidos. No momento trava uma luta penosa por um salário digno, mas sobrevive sempre com salários muito a quem das suas necessidades básicas e educacionais. (sem condições de adquirir livros necessários para se manterem atualizados, impedidos financeiramente de participar de congressos, fazer cursos de extensão, ou uma pós-graduação e muito mais precisa). 

Pasmem! Até as religiões, para escapar de um confronto desleal entre o conservadorismo e o modernismo, cedeu espaço e, mais recentemente, retiraram-se da zona de combate. Hoje, cada uma defendendo seu feudo divino esqueceu-se de proteger a família, quem pode definir e fortalecer os caminhos a serem seguidos pela nossa juventude. 
 
 *Conceição Cinti. Advogada. Educadora. Especialista em Tratamento de Dependentes de Substâncias Psicoativas, com experiência de mais 27 anos 



terça-feira, 13 de março de 2012

Ex-preso vira artista depois de estudar e trabalhar na cadeia

O TRABALHO E O ESTUDO DIGNIFICAM O HOMEM!

Ao invés de ficar à toa dentro da cela em péssimas condições de convívio o preso brasileiro precisa de muito trabalho, disciplina, educação, e formação humanística o que provavelmente poderá levá-lo a conscientização do mal que suas práticas delituosas fazem a ele mesmo e a sociedade.  



Fonte da foto: Internet

*Conceicão Cinti 



Uma melhor qualidade de vida, através do trabalho e do estudo dar ao preso uma nova perspectiva de vida e, já esta comprovada que essas atividades têm influência positiva na autoestima do preso despertando-o para um novo direcionamento para sua vida. 

É o que afirma Lucia Casali diretora-executiva da Funap (Fundação de Amparo ao Preso), responsável por organizar os cursos e as vagas de trabalho aos presos de todo o Estado de São Paulo que concentra o maior número de detentos do país: 170.916. 

Em todo o Brasil há mais de 96 mil presos trabalhando. O número parece alto, mas representa apenas de 19% de toda a população carcerária brasileira, de 496.251 pessoas.
Lúcia tem 64 anos e trabalha com presos há 40, desde que se formou em direito em 1970. Começou a trabalhar para o Estado em 1982, quando entrou no Ministério Público Estadual para lidar com execuções penais. Como corregedora dos presídios, diz ter freqüentado as penitenciarias e “conhecido tudo”.

A Diretora da Funap acredita que até 70% dos detentos podem ser recuperados se tiverem a chance de estudar e trabalhar, o que também ajudaria a diminuir a superlotação nos presídios. Na pratica esses programas levam em consideração o histórico de vida do preso, como trabalho, educação, família e religião. A partir deles, a Funap pensa nas diretrizes.

Os benefícios são muitos, como conta a diretora-executiva da Funap. Os presos que trabalham têm sua pena reduzida em um dia para cada três trabalhados. Já os que estudam a reduzem em um dia a cada 12 horas de frequência escolar.

Obrigados pela Lei de Execuções Penais a oferecer trabalho e cursos, os Estados enfrentam uma série de dificuldades para cumprir a lei: os professores têm medo da violência e reclamam muito dos salários, nem toda unidade prisional tem espaço físico para instalação dos cursos que além de legal é o caminho mais fácil para a ressocialização do preso e precisa ser incentivado expandido.

Não há bomba mais devastadora do que deixar pessoas a deriva sem expectativa de futuro! É assim que vive o preso brasileiro, sinônimo de lixo não reciclável. Pessoas imprestáveis e inúteis, portanto descartáveis, torturáveis, mortáveis!
Na minha experiência de mais de três décadas como gestora de Programa de Recuperação para Dependentes de Substâncias Psicoativas pude verificar na prática que o índice de recuperação de presos em determinados casos e circunstancias poderá até ultrapassar os 70% como assegura Lucia Casali perita no assunto.


A metodologia que o Brasil vem insistindo sem êxito para a resssocialização do preso é totalmente inadequada porque mantém o preso no ócio, na maioria das vezes em condições desumanas e sem nenhuma chance de progresso no seu “status quo”. É sem duvida um método falido que contribui para aumenta a reincidência com alto custo aos cofres públicos.

Mesmo que muitos não se importem em respeitar a dignidade da pessoa humana do preso hão de convir que a dinâmica do cárcere brasileiro é um lugar totalmente prejudicial ao preso e por consequência à própria sociedade.

Depois de cumprida a pena, ao invés de uma pessoa “ressocializada”, ou, ao menos, apta para prover o seu próprio sustento e não voltar a delinquir, a sociedade ganha um criminoso ainda mais experiente, mais revoltado porque não lhe deram a chance de prender nada novo. De promover nenhuma mudança em sua vida. Pense nisso! 

  

*Conceição Cinti . Advogada.Educadora. Especialista em Tratamento de Dependentes de Substâncias Psicoativas, com experiência de mais de 27 anos.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Fantastico Brasil se inspira nos EUA para tratamento de dependentes de crack



Brasil e EUA trocam punição por tratamento a usuários de crack

 

 

O Fantástico mostra histórias de esperança, projetos que estão ajudando os usuários dessa droga terrível a retomar a vida.

 

A luta do Brasil contra o crack: o Fantástico mostra histórias de esperança, projetos que estão ajudando os usuários dessa droga terrível a retomar a vida. Um dos modelos que inspirou algumas iniciativas brasileiras veio da justiça americana. Lá, oito em cada dez dependentes que participam de um programa de reabilitação conseguem se livrar das drogas. 

Miami, 23h. Quando a busca é por usuários de drogas, o endereço é certo. Uma das chamadas “crack-house” em Miami é uma das poucas que ainda existem. São casas, lugares abandonados onde as pessoas se reúnem para usar drogas. Lá, o policial verifica se há alguém no local. 

“Se você comparar com alguns atrás agora está mais fácil. Não há muitos usuários de drogas nas ruas. Menos do que antes, com certeza”, conta o policial. 

Miami, nos anos 1980 e 1990, era maconha e cocaína. Crack e heroína. Eram drogas que poluíam as ruas, destruíam as mentes e desafiavam a polícia. 

Entre as estratégias para combater o problema estavam as prisões e a destruição das “crack-houses”, território dos usuários de drogas. Mas nada disso era suficiente. Repressão não era a saída. 

Um dos métodos mais eficientes de combate às drogas no mundo nasceu em uma sala do Tribunal de Drogas de Miami. Desde que esse tribunal foi criado, em 1989, o número de crimes caiu 33%. Oito em cada dez dependentes que chegam ao tribunal conseguem abandonar as drogas. 

Funciona assim: o usuário é flagrado com uma pequena quantidade de entorpecentes. Vai preso, porque em Miami isso é crime. Passa uma noite na cadeia e segue para o tribunal. Se não tem nenhum histórico criminal a juíza pergunta: “Você quer participar do programa?”. 

Dura um ano. Exigência número 1: fazer exame de urina a cada sete dias. Número 2: ir duas vezes por semana a um psicólogo. A terceira exigência a equipe de reportagem do Fantástico acompanhou. 

Às 21h, em Miami, em uma casa, assim como em muitos outros locais da cidade, há um encontro de narcóticos anônimos. São usuários de drogas que se reúnem para trocar experiências. Mas mais do que isso: cumprir uma determinação da Justiça. 

Eles não mostram o rosto, mas é possível identificá-los pela voz. São brasileiros. “Estamos nas garras de uma doença progressiva que termina sempre da mesma maneira: prisões, instituições e morte”, diz um usuário. 

Eles se juntam duas vezes por semana. Um ajuda o outro a controlar a dependência e ainda contam ponto perante a Justiça. Aí se entra na quarta exigência do programa do Tribunal de Drogas de Miami: a prestação de contas. Uma vez por mês todos fazem fila para se apresentar à juíza. 

O porto-riquenho Martin Cavallero apresenta os comprovantes de que cumpriu todos os requisitos. Diz onde está morando e trabalhando e recebe os parabéns. Se não tiver uma recaída, daqui a um mês completará o programa. “O mais importante para mim é ter o nome limpo”, diz Martin. 

Quem cumpre o programa não se afasta apenas das drogas. Fica sem histórico criminal e apaga esse passado de entorpecentes. 

Quem comanda esse tribunal, todo decorado com avisos sobre o perigo das drogas, é Deborah White-Labora. “Tudo o que existe no programa está disponível na sociedade. Mas quando uma pessoa vem aqui, ela se sente motivada e percebe que está sendo monitorada”, diz a juíza. 

A dependência quase arruinou a vida do advogado Richard Baron. Graças ao programa, conseguiu reconquistar tudo o que tinha: a mulher, os filhos e o trabalho. “No colégio, comecei a beber e fumar maconha. Alguém disse: ‘Experimente isso’. Era crack e cocaína. Por três anos e meio eu usei essas drogas”, conta. 

Hoje, Richard Baron ajuda financeiramente o Tribunal de Drogas de Miami. Paga quatro advogados, que ajudam na defesa dos dependentes. Assim, o programa acaba se tornando mais eficiente do que manter qualquer pessoa na cadeia. 

A cada US$ 1,00 gasto no tratamento, cerca de R% 1,70, o governo economiza mais de US$ 3 em gastos com prisões. 

David Kahn é um ex-promotor de Justiça que trabalhou durante seis anos no Tribunal de Drogas. E hoje ele mostra como ficou uma área que, há duas décadas, era devastada pelo crack e pela cocaína. “A situação aqui explodiu, assim como no seu país. A mesma coisa”, afirma o ex-promotor David Khan. 

David Khan já esteve no Brasil várias vezes para tentar implantar o programa que hoje existe em 2,5 mil cidades no mundo. Khan visitou a Cracolândia paulista e vê uma diferença simples entre o que foi feito nos Estados Unidos e o que é feito no Brasil. “Nós não nos limitamos a tirar essas pessoas daqui. Nós damos a elas uma chance de vida saudável, longe das drogas”, compara o ex-promotor David Khan. 
 Projeto em São Paulo troca punição por tratamento 


Será que um sistema igual ao americano funcionaria bem no Brasil? O Fantástico mostra como a Justiça brasileira está mudando a maneira de lidar com o usuário de drogas. Um homem tinha uma ordem de não chegar a menos de cem metros da filha por causa da dependência. 

“Quando eles me pegaram, fazia mais de 30 dias que eu não escovava os dentes”, revela o homem. 

Ele foi parar no Fórum de Santana, em São Paulo, onde funciona um projeto chamado “Justiça Terapêutica”, que dá uma chance para quem é flagrado com drogas. Se ficar claro que a pessoa estava com entorpecentes somente para consumo, ela tem a chance de trocar a punição pelo tratamento. 

“Tanto a Corte americana quanto a Justiça Terapêutica brasileira trabalham no sentido de evitar que aquele que foi preso e teve problemas com drogas receba atenção na área terapêutica para evitar a repetição do uso da droga e novos crimes”, afirma Mário Sérgio Sobrinho, do Fórum de Santana. 

Desde que o programa paulista começou, há dez anos, quase mil pessoas já participaram. O homem que não podia chegar perto da filha é um deles. Para ficar com a ficha limpa, ele é obrigado a frequentar o programa “Narcóticos Anônimos” e precisa comprovar a frequência. A cada sessão, recebe um carimbo na ficha. Desde que começou a participar das reuniões, largou as drogas e conseguiu ter a família de volta. 

“Estou vivo, ando de cabeça erguida, consigo olhar as pessoas nos olhos. Consigo ficar com a minha filha, dar um bom exemplo para ela”, diz o homem. “Se a Justiça Terapêutica não tivesse dado essa chance, hoje você estaria onde?”, indaga o repórter. “Preso ou morto”, responde o homem. 

A experiência da Justiça pernambucana é ainda mais radical. O foco são os bandidos que cometem outros crimes por causa do uso de tóxicos. Troca a prisão pelo compromisso de ficar longe das drogas. 

“Ele deve ser tratado. Tratar significa para a Justiça deixar de usar droga. Não é reduzir, mas deixar plenamente. Se ele consegue isso durante dois anos, ao final do período ele está reabilitado do uso da droga e, ao mesmo tempo, o processo dele é extinto. Ele não deve mais nada à Justiça”, explica José Marques Costa Filho, psiquiatra responsável pelo Centro de Justiça Terapêutica de Pernambuco.

“O país tem cinco regiões diferentes, com culturas diferentes. Quando tem uma posição desse tipo, com um juiz tentando fazer um trabalho, mesmo que a recuperação seja pequena, eu acho que vale a pena investir”, avalia o psiquiatra Artur Guerra. 

Essas são alternativas para quem tem contas a acertar com a Justiça. Mas o que fazer se você tem um parente dependente das drogas? A quem recorrer? 

“Primeiro lugar, buscar o centro de atenção psicossocial do seu município ou do seu estado, e estou dando como alternativa procurar o 136 do Ministério da Saúde, número que pode ajudar a identificar no seu município, no seu estado, e o ministério vai ajudar nisso: a buscar uma unidade de saúde que pode acolhê-lo”, afirma o ministro Alexandre Padilha. 

No fim de 2011, o governo federal lançou um plano nacional para enfrentar o problema. Liberou R$ 2 bilhões para que os municípios invistam em diferentes tipos de tratamentos. O ministro da Saúde admite que o Sistema Único de Saúde (SUS) não está pronto para lidar com o crack. 

“Nós temos que ter tratamento para esse caso como uma epidemia, e toda epidemia que desafia o serviço de saúde, exige que ele se reorganize”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 

Dez cidades foram consideradas prioritárias. Nelas, os agentes de saúde vão a campo buscar quem precisa de ajuda. Na noite de sexta-feira (9), a equipe de reportagem do Fantástico acompanhou o trabalho da equipe do projeto Consultório de Rua, no Centro de São Bernardo. A intenção é oferecer ajuda e tratamento aos usuários de crack e cocaína para que eles abandonem as drogas. É um trabalho difícil e de muita conversa. 

Um usuário conta que tem 22 anos, dois filhos pequenos e está sem aparecer em casa há três dias. Ele diz que aceita ser atendido em um CAPS, um centro de atendimento sem internação. “Eu tenho capacidade de consertar minha vida de novo e eu vou consertar”, promete. 

Mas para pacientes que precisam ser internados, que estão pondo em risco a própria vida ou a de outras pessoas, a solução pode ser a casa de acolhimento. Um lugar onde se reconstrói a vida. 

Adriana usou crack por 20 anos e sumiu no mundo. Depois de passar por cinco clínicas diferentes, conseguiu sair do buraco fazendo os outros rir. Na terapia, ela foi convidada a fazer parte de um grupo de palhaços. A brincadeira trouxe de volta algo muito sério. 

“O juiz, inclusive, ia fazer atestado de óbito provisório para minha família. E aí dei uma entrevista do grupo de palhaços e minha família me viu na televisão e me achou”, conta Adriana. 

Onde não há os serviços públicos, há cidades investindo em soluções que só eram acessíveis para quem podia pagar. “Você se prostitui, você rouba, trafica. Eu abandonei meus filhos. Cuidei dele por menos de 2 anos, praticamente ficou sem a mãe”, lembra. 

A família de Bruna pagou o tratamento em uma clínica por três meses. Quando não teve mais condições, recebeu um cartão de assistência do governo de Minas Gerais. São R$ 900 por mês. “Foi uma benção”, se emociona. 

Bruna ainda sente medo da rua, mas já consegue sair e passar o fim de semana em casa. A família tem um papel fundamental na recuperação do usuário de drogas. 

“Eu vou procurar fazer meu papel de mãe melhor. Talvez eu tenha falhado em alguma coisa, talvez tenha faltado diálogo, um puxão de orelha. Eu não vou perdê-la pela segunda vez. Eu perdi e recuperei, agora não perco mais”, afirma a mãe de Bruna.

Fonte:
http://fantastico.globo.com/videos/t/edicoes/v/brasil-se-inspira-nos-eua-para-tratamento-de-dependentes-de-crack/1851901/